Projeto Educa Liberdade: solidariedade à serviço da educação na cidade de Itu

Ação é realizada aos finais de semana em uma sala reformada pela própria comunidade (Foto: Divulgação)

A nutricionista Isadora Almeron de Arruda iniciou em agosto do ano passado, ao lado da amiga Camila Pinheiro de Oliveira, o projeto Educa Liberdade, na comunidade Pedra da Paz, situada na Estrada Velha que liga a cidade de Itu com o município de Salto.

Ao todo, 12 voluntários (Marina Fantineli, Natalia Zacchi, Mariana Freitas, Jessica Padula de Melo, Letícia Candido, Jessica Santos, Jack Santos,Bruna Oliveira, Carolina Milesi e Ionei Lima) participam da ação, que atende 50 crianças da comunidade. Ao Periscópio, Isadora comenta como nasceu o projeto e como o mesmo funciona.

“Nós havíamos interrompido por conta da pandemia as atividades de recreação com as crianças na comunidade. No entanto, a gente começou a ouvir e sentir das mães da comunidade uma dificuldade muito grande de auxiliar os filhos com as atividades remotas da escola. Afinal de contas, a maioria dos pais não sabe ler e escrever e aí fica difícil conseguir ajudar o filho”, explana a nutricionista.

“Muitas das crianças passaram o ano de 2020 praticamente inteiro sem estudar e muitos ainda estão sem conseguir acompanhar o conteúdo da escola já que o presencial não estava ocorrendo. Nós tivemos a ideia de reformar uma salinha que tem lá no salão da comunidade, que eles usam para receber doações e atividades”, acrescenta.

Com a ajuda dos moradores da própria comunidade, que foram atrás de tinta e material, a sala foi reformada. Com a doação de carteiras e material escolar, foi dado o próximo passo. “Aí o grupo já estava criado, recrutamos alguns voluntários e dentro desses voluntários nós temos estudantes de pedagogia, de língua portuguesa e de várias áreas que auxiliam a gente a fazer a monitoria com as crianças”, destaca Isadora.

“Pra gente realizar essa monitoria, no início fizemos atividades que a gente sentia ali na hora, ditado, atividades com o abecedário e depois a gente conseguiu fazer uma avaliação com todas as crianças que estavam interessadas em participar e a gente conseguiu saber o nível que cada uma dessas crianças estavam e conseguimos montar um caderno especial para cada uma de acordo com o nível que cada uma se encontra”, explica a nutricionista sobre o processo.

Atualmente, as monitorias são realizadas aos sábado e domingos, seguindo todos os protocolos de combate à Covid-19. “Agora, num momento de pandemia, a gente coloca no máximo quatro crianças na salinha para evitar a aglomeração, fazendo um rodízio de crianças. Quatro em um sábado, quatro em um domingo, daí na semana seguinte mais quatro por dia, assim por diante”, conta Isadora.

“Assim que a pandemia acabar a gente vai continuar com a monitoria, no entanto vamos conseguir acolher mais crianças de uma só vez”. Para poder atender a demanda, Isadora comenta ainda que necessita de mais voluntários para o projeto. “Quem se interessar, a gente combina um dia para ir conhecer o projeto, a gente pergunta o interesse do voluntariado e assim que a pessoa  aceitar entrar no projeto, a gente já inicia”.

O projeto também necessita de doação de material escolar. “Tudo que envolva material pedagógico”, conclui Isadora. Aos interessados em auxiliar o projeto de uma ou das duas maneiras, basta acessar o Instagram (educa.liberdade) e entrar em contato por mensagem para mais informações.