Delegado diz que homem que matou mulher a facadas teria ‘fetiche por crime’

O rapaz identificado como J.C.A.H., de 19 anos, suspeito de assassinar uma jovem de 19 anos e ferir a irmã dela, uma mulher de 26 anos, na Rua Dr. Manoel Maria Bueno, no bairro Jardim Alberto Gomes, na cidade de Itu, na última quinta-feira (02), foi preso em flagrante e, após passagem pro audiência de custódia, permanece em prisão preventiva.

A reportagem do Periscópio conversou no início desta semana com o Dr. Raony de Brito Barbedo, que se encontra à frente das investigações. De acordo com a autoridade, o rapaz “apresenta uma versão completamente contraditória com o cenário do crime. Ele fala que foi pressionado por criminosos, dando a entender que teriam outras pessoas por trás desse crime. Pelo que a gente observou foi ele mesmo que fez sozinho. A forma como ele fez não é como os criminosos fazem. O que a gente observou e o que tudo indica é que realmente é uma pessoa que tem fetiche por esse tipo de crime e chegou a esse extremo.”

“Pelo que a gente observou a versão dele não tem o menor respaldo e tudo indica que foi o fetiche por essa parte sexual e violenta e organizou tudo isso para poder satisfazer esse desejo dele”, acrescenta Dr. Raoni, que comenta ainda que J.C.A.H. já possuía algumas passagens criminais, com estas tendo suas apurações realizadas pela Delegacia de Defesa da Mulher.

Ainda ao JP, o delegado revelou que a vítima fatal era irmã da segunda mulher envolvida, que deixou o hospital na última segunda-feira (06). Ambas teriam vindo do Estado de Minas Gerais. A vítima fatal, que não teve sua identidade divulgado a pedido das autoridades, recebeu oito facadas.

“A maior parte delas no pescoço. Foi feito exame necroscópico e as duas facadas responsáveis pela morte dela foi na ponta do coração e na lateral da costela, que atingiu o pulmão”, comenta o delegado. “A outra vítima ficou bastante ferida, dentre as facadas ela teve uma no crânio e no braço direito”.

“Ele [J.C.A.H.] foi submetido a audiência de custódia e essa audiência foi convertida de prisão em flagrante em preventiva. Agora ele permanece preso por tempo indeterminado até a conclusão não só das investigações, mas do processo criminal dele”, explica Dr. Raony.

Antecedentes

A reportagem do Periscópio também esteve no início desta semana na Delegacia de Defesa da Mulher e, em contato com as autoridades, foi informada que J.C.A.H., na adolescência, esteve em diversas oportunidades apreendido na Fundação CASA, tendo respondido por estupro e ameaça.

Em junho deste ano, este mesmo rapaz havia sido denunciado por moradores do bairro Vila da Paz III. Na época, de acordo com informações da Rádio Convenção e posteriormente apuradas pelo JP, a Polícia Militar teria sido acionada para atender um caso em que J.C.A.H. teria abusado sexualmente de pelo menos sete meninas, entre 9 e 10 anos de idade. O caso também segue em investigação.