Restauro do Cruzeiro Franciscano chega a etapa final

Com seus 230 anos permanecendo exposto ao relento, o Cruzeiro, que é o mais do alto do país, foi construído com pedras bastante frágeis – arenito e varvito (Fotos: Divulgação/Prefeitura de Itu)

Foram iniciados os trabalhos para a etapa final do restauro do Cruzeiro Franciscano, localizado na Praça Dom Pedro I. Após aproximadamente um ano e meio, e mesmo com todos os desafios técnicos e imprevistos como as restrições impostas pela pandemia, os profissionais já resgataram muito das suas qualidades físicas e estéticas, podendo assim ser devolvido à apreciação dos munícipes e também dos turistas.

Com seus 230 anos permanecendo exposto ao relento, este Cruzeiro, que é o mais do alto do país, foi construído com pedras bastante frágeis – arenito e varvito – além de serem pouco conhecidas como matérias de construção. Vale lembrar que não há nenhum registro específico de sua construção, ignorando assim como foi feito e erguido pelo mestre Thebas e seus ajudantes.

Diante disso, a Prefeitura angariou um grande apoio técnico de várias especialidades da ciência, que juntas forneceram subsídios científicos para os melhores resultados possíveis para este empreendimento que contém pouquíssimos precedentes no Brasil e nenhum no Estado de São Paulo.

Durante todo trabalho, que foi realizado de forma minuciosa, os técnicos encontraram várias informações que até então estavam ocultas nas pedras, as quais exigiram constantes adequações para serem solucionadas. Desta forma, contando com a participação de vários especialistas, o trabalho evoluiu satisfatoriamente neste importante marco da história do Brasil.

Para a responsável da pasta, Maitê Velho, avançar para etapa final do restauro é um momento muito importante. “A quantidade de informações obtidas durante todo o processo de restauro torna essa etapa final muito importante, fazendo disso um canteiro escola, o qual será repassado para nossas crianças na Educação Patrimonial”, explica.

Assim, após o longo trabalho que vem sendo realizado de tratamento da superfície da pedra, que envolveu correções de trabalhos feitos há anos, com técnicas que se tornaram hoje obsoletas, e a aplicação de materiais e técnicas contemporâneas, o Cruzeiro receberá permanentemente o trabalho de conservação.