Romi-Isetta foi o primeiro veículo produzido no Brasil

Produzido no Brasil entre 1956 e 1961, o Romi-Isetta obteve sucesso na época, principalmente pela facilidade de dirigibilidade e economia. Produzido pelas Indústrias Romi S.A., com sede na cidade de Santa Bárbara D’Oeste (SP), que obteve os direitos da italiana Iso, que produzia a Isetta, o veículo passou a ser conhecido do público a partir de uma notícia do jornal “Diário Popular” de 28 de agosto de 1955, anunciando a sua produção no país.

O lançamento ocorreu em 5 de setembro de 1956 e o modelo era equipado com motor de dois tempos, se constituindo – de fato – no primeiro automóvel de passeio fabricado no Brasil, embora muitos historiadores não o reconheçam como o primeiro carro fabricado no país pelo fato de ter apenas uma porta.

A estratégia de publicidade apresentava o modelo como o segundo veículo da família ou o carro certo para o estudante universitário, mas também houve um direcionamento como opção ao público feminino.

Como o motor dois tempos era bastante poluente, em 1959 o Romi-Isetta passou a ser equipado com motor de quatro tempos, fabricado pela BMW. Uma das características mais marcantes era que a porta era frontal.

Entre 1956 e 1961 foram fabricados cerca de três mil e trezentas unidades do veículo. Muitos ainda podem ser encontrados nas mãos de colecionadores. Uma das causas do desaparecimento do veículo é que, sem os incentivos fiscais que o então presidente Juscelino Kubitschek dava aos carros com pelo menos duas portas, o Romi-Isetta custava pelo menos 60% a mais que o Fusca.

 

Um comentário em “Romi-Isetta foi o primeiro veículo produzido no Brasil

  • 23/11/2017 em 12:23
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    Nós, da Fundação Romi, entidade que agrega o material histórico referente ao carro, informamos que não havia nenhuma legislação no que se refere ao número de portas; Informamos, também, que o Romi-Isetta era o carro mais barato do mercado, custando, em 1960, Cr$ 370.000,00, ao passo que o VW Fusca custava Cr$ 540.000,00. Estes valores equivaliam, respectivamente, a 38 e 56 salários-mínimos da época.

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