Sing – Quem Canta Seus Males Espanta
Por André Roedel
Parece que 2016 foi o ano das animações. Se você puxar o arquivo desta coluna, verá que o gênero emplacou diversos lançamentos – muitos deles de sucesso, como “Procurando Dory” e “Zootopia – Essa Cidade é o Bicho”. Esse sucesso é o resultado da soma entre uma fórmula consolidada pela Pixar e a técnica cada vez mais apurada dos estúdios.
Com “Sing – Quem Canta Seus Males Espanta”, que está em cartaz nos principais cinemas do país, a coisa não é diferente. O filme é redondo, e preenche todos os requisitos para uma animação de bilheteria segura: personagens divertidos, dubladores famosos, um toque de emoção e uma história tradicional, sem espaço para muita ousadia – o que acaba deixando o filme muito parecido com os demais, faltando originalidade.
O filme se passa em uma cidade em que os animais são os habitantes e acompanha os desafios de um coala chamado Buster Moon em manter em pé seu teatro. Para salvar o espaço, ele resolve criar uma competição musical – nos moldes de tantos talents shows atuais, como “The Voice” e “X-Factor”. Atraídos por um irreal prêmio em dinheiro, diversos animais aparecem para a audição e demonstram seu talento. O resto é história.
Enfim, um filme bem família, feito para agradar crianças de todas as idades – e adultos também. Porém, “Sing” escorrega, ao meu ver, na escalação dos dubladores nacionais. A porco-espinho Ash é uma delas. Dublada por Wanessa Camargo aqui no Brasil, ela é a única que de fato canta. Porém, Sandy (que, também ao meu ver, tem uma voz muito melhor) também foi escalada para o filme (dubla a elefanta Meena) e não canta. Não tem muita lógica isso. Afinal, escalaram Sandy apenas para dublar as falas, e não as músicas.
Mas, tirando esse detalhe, “Sing” é um filme ótimo e com um astral lá pra cima. E também deixa a lição de que devemos superar nossos medos e arriscar mais. Ou seja, uma bela mensagem para este fim de ano.
Nota: 7/10