SONETO
Uma penumbra acolhedora e mansa
Entra pela janela e tudo invade:
A minha alcova verde de esperança,
Veste agora o vestido da Saudade.
O retrato do que eu fui em criança
Vai se escondendo na obscuridade,
Para ficar somente na lembrança
Do tempo em que te achei, Felicidade!
Chego à janela então e olho a rua:
Porém, nada de novo se insinua,
As flores, no jardim, estão caladas…
Ao longe, duas sombras vêm unidas,
Mas passam leves, desapercebidas,
Na poesia das mãos entrelaçadas…
Maria Lúcia Almeida de Marins e Dias Caselli
Cadeira nº 1 I Patrono Euclydes Marins e Dias