Tradicional “Bloco do R” não se apresentará no Carnaval de Itu

Grupo rejeitou proposta da Secretaria Municipal de Turismo de se apresentar de graça e ficará de fora da folia ituana pela primeira vez em 20 anos

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O Carnaval de Itu não deve contar neste ano com a apresentação do “Bloco do R”. A atitude foi tomada em consenso da diretoria e integrantes do grupo, que não aceitaram a proposta da Prefeitura de se apresentar de graça. Com isso, o tradicional conjunto carnavalesco ficará de fora da folia ituana pela primeira vez em 20 anos.

Segundo o vice-presidente do Bloco, José Mario Pierroni, a Secretaria de Turismo, Lazer e Eventos explanou em reunião que não haveria verba e pediu ao grupo que enviasse uma proposta de como seria sua apresentação. “Daí eles iriam estudar e, se conseguisse algum patrocínio, passaria para o Bloco”, comenta.

O vice-presidente informou que passou à secretaria uma proposta conjunta para se apresentar no aniversário da cidade, Carnaval e Estouro do Judas, porém ela não foi acatada. “Para o aniversário nós estávamos fora mesmo, porque já tinham feito a programação. Sendo que o Bloco não foi procurado. Não é a gente que não quis tocar; a gente podia até ir de graça”, comenta.

Para o Carnaval, foi proposto então que o Bloco do “R” se apresentasse meia hora na Praça Padre Miguel (Matriz) sem pagamento de cachê. Porém, a entidade não aceitou. “Queremos colaborar e entendemos a situação da Prefeitura. Mas eu acho que eles deveriam chamar todas as entidades, como fez um governante anterior, que explicou a situação”, prossegue.

Pierroni apontou que o Bloco tem gastos, então necessita do cachê. “A Prefeitura tem que entender o lado do Bloco também, nós temos custos. Tem gastos com manutenção e aquisição de instrumentos, com fantasias. O batuqueiro do Bloco não ganha pra tocar, nunca ganhou nada aqui. Mas também não vai pagar pra tocar”, explica o vice-presidente.

Outra crítica é com relação ao horário proposto para o Carnaval. “A Festa Italiana termina mais de 23h e o Carnaval tem que encerrar às 21h? Não dá pra entender”, diz o integrante do Bloco, que, apesar de tudo, se coloca aberto à Prefeitura. “A gente está aberto à Prefeitura. Como falei, a gente entende o lado deles; mas eles também têm que entender o nosso lado”, finaliza.