Tribuna do Leitor – 25-06-16

A urgência do Hoje!

“Não permite planejar o amanhã…”

A voragem do cotidiano consome-nos a possibilidade de pensar em novas perspectivas e esperança para um futuro com planejamento eficaz. Vivemos a cada dia com um turbilhão de preocupações, neste expediente incluem-se contas e mais contas à pagar, taxas e impostos, insegurança e riscos pessoais, saúde e medicamentos comprometidos com irresponsabilidade, política econômica sem rumos definidos, financiamentos de bens móveis e imóveis comprometedores de orçamentos, capacidade de produção e serviços, bancos com juros abusivos, custos de alimentação, escola para filhos, desempregos, renda familiar abaixo da média necessária e um stress generalizado.

O nosso país é muito rico, impera a má distribuição de rendas e o egoísmo de querer mais por alguns, ficando a maioria em sobressaltos.

O hoje é a nossa preocupação, precisamos vencer esse dia, o amanhã quem saberá.
Estamos com um novo governo federal (interino) com promessas de colocar o Brasil nos trilhos em todos os sentidos, temos que acreditar, são personagens políticos de alta formação acadêmica se acertarem as suas decisões, serão eletivos até 2018. Que prevaleçam com unanimidade a favor do povo brasileiro, a verdade riqueza. A comunhão de seus pares políticos deve deixar de lado o “ser” e o “ter” e suas vantagens pessoais, é o cenário que estamos assistindo nestes últimos anos.

Não existe “golpe” ou “pressões político partidárias”, prevalece os direitos e deveres da constituição nacional, a cartilha de todos os cidadãos.

Já disse em outra oportunidade: “ninguém consegue acabar com o Brasil”, os incautos acabam-se entre si.

Mancio de Loyola

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POR FAVOR, UMA RESPOSTA

Uma das causas mais contundentes do infortúnio do povo brasileiro diante dos serviços prestados – não prestados ficaria melhor – pelos agentes públicos, é a falta de controle, de fiscalização, de atribuição de responsabilidade pelos desmandos cometidos em todos os níveis da administração pública. Como já é de costume aqui entre nós e até faz parte da normalidade do nosso cotidiano, é que tudo que está ruim pode, quase invariavelmente, piorar. Ainda acreditamos que quando um serviço é privatizado, há sempre uma melhora em seu resultado. Temos até mesmo alguns exemplos que funcionam bem, como é o caso das concessões das rodovias, apesar do alto custo dos pedágios, principalmente em nosso estado.

Não é o caso da Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL, e aqui vão algumas considerações. Sou morador do Campos de Santo Antônio e faz alguns meses que a CPFL está fazendo a substituição de postes e dos cabos que conduzem a energia que serve ao condomínio, ao longo da Av. Vitório Bombana, o acesso principal da comunidade. Vão lá, colocam uns postes, esticam alguns fios, cortam ou quebram galhos de arvores e vão embora. Daí a semanas voltam e fazem mais um pouquinho e deixam lá a sujeira. No início do mês de maio, lá estiveram, cortaram galhos e empilharam no pé de uma árvore. Vendo lá aquela galhada prontinha para se tornar uma bela fogueira bem ao gosto dos irresponsáveis incendiários que andam soltos por aí, liguei para o 0800 da CPFL pela primeira vez. Pedido registrado, mas não atendido,sem motivo e sem explicação para isso, como descobri num segundo contato. Normal.

No início deste mês, debaixo de toda a chuvarada que caia, lá estava o batalhão da CPFL com seus caminhões, escadas, guindastes e etcétera para colocar mais uns postinhos, mais uns fiozinhos e fazer mais um pouco da esculhambação, é isso mesmo que estou dizendo – ESCULHAMBAÇÃO – pois, não acredito que um engenheiro tenha a coragem de colocar AQUILO (pelo mau cheiro) em seu curriculum. Dessa vez, o que sobrou foi coisa parecida com restos de batalha. De dar raiva. Árvores irremediavelmente mutiladas, troncos e galhos espalhados pra todo lado, alguns invadindo a estrada – retirados pelo condomínio – e o espaço gramado que margeia a pista todo esburacado pelas rodas dos caminhões pesados que ali deixaram seus sulcos, um enorme atoleiro. É bom lembrar que a manutenção dessa estrada é feita pelo condomínio e por conta de seus moradores, devido ao descaso do poder publico em cumprir seu papel. A concessionária CPFL alega que as árvores atrapalham a fiação, mas lá tem até GALHO PENDURADO EM FIO e o que mais assusta: tem CABO DE SUSTENTAÇÃO de poste AMARRADO EM TRONCO que sobrou de árvore.

Toda vez que se vai construir uma estrada, uma ponte, uma usina hidrelétrica ou qualquer outra obra, há toda uma preocupação – pra nós aqui transformada numa burocracia desgraçada – com licenças ambientais. Os projetos – pois é, tem projetos – contemplam a finalização da obra com aquilo que nós leigos chamamos de acabamento ou embelezamento da construção. Gostaria de saber qual é o protocolo da CPFL para projetar e concluir sua rede elétrica NAS RUAS DE UMA CIDADE, e quem a autoriza a fazer aquele emaranhado de fios em tudo semelhante ao que conhecemos por GATO, GAMBIARRA ou outros nomes menos louváveis. Ressalte-se que moramos em uma cidade turística e o mínimo que se espera de um lugar assim é que seja agradável aos sentidos. É só andar pelas ruas da nossa cidade e olhar para cima pra entender o que quero dizer.

Além dos contatos iniciais acima citados, outros dois foram feitos nos dias 15 e 16 de junho, sendo este ultimo pessoalmente. Resolver algo com a CPFL é extremamente frustrante, pois os canais de comunicação da companhia são ineficientes, com trabalhadores mal treinados que nada sabem, nada veem, nada entendem, além de transparecerem, sem nenhum pudor, sua má vontade de atender.

Gostaria muito que me dessem uma resposta. Quem é o RESPONSÁVEL por cuidar para que essa empresa tenha um mínimo de respeito pelo bem público, sem agressões ao ambiente e às pessoas que pagam pelos seus serviços? Seria o poder público municipal? Prefeitura através de suas Secretarias? Câmara de Vereadores, pelos eleitos representantes do povo? Ministério Público que tantos e bons serviços têm prestado ao país? Outras instâncias que nem imagino ou o que resta é ajoelhar e implorar para o deus-que-nos-acuda olhar por nós mais uma vez?

Por favor, alguém RESPONDA.

Antônio Carlos Baldow