Um ituano no Catar: experiência inesquecível

Gui, Bruno e à esquerda, um torcedor ituano, Aarn Julius Kim, que eles encontraram lá e já criaram um vínculo de amizade (Arquivo Pessoal)  

Conforme o Periscópio trouxe na última edição, o jovem Guilherme Galdini relata a incrível experiência de acompanhar de perto, ao vivo e a cores, a Copa do Mundo, ao lado do amigo Bruno Alvarenga. Confira a segunda parte desta “saga”.

Sobre ver um jogo de Copa ao vivo: “é surreal essa experiência quando você vê ao vivo os craques jogando, é diferente. Aquele golaço do Richarlison no primeiro jogo eu vi bem na minha frente e é um daqueles lances inacreditáveis”.

Quanto ao clima da Copa, ele confessa que “fique extasiado. Eu assisti aos quatro primeiros jogos do Brasil e mais outros três: Bélgica 1×0 Canadá, Tunísia 1×0 França e Holanda 2×0 Catar. Só experiências boas. Os estádios são obras-primas, os caras não economizaram em nada para fazer o melhor. Eu vi pouca gente falando que teve algum problema”.

Gui comenta um fato interessante com relação ao que ele viu sobre a Argentina: “os argentinos eram indiscutivelmente a maior torcida no Catar. Depois o México, Arábia Saudita, Tunísia, Marrocos… A torcida brasileira também tinha muita gente, mas foi a mais desorganizada que eu vi dentre as grandes. Eram muitos grupinhos pequenos, de dois, três amigos, enquanto as outras andavam de 15, 20 pessoas juntas. Quando a Argentina se classificou contra a Polônia, eu e o Bruno simplesmente não dormimos”.

Gui explica o porque: “nós estávamos hospedados onde chamamos de ‘Cohab’, que era os predinhos mais baratos. Tinha muitos argentinos lá e a festa que eles fizeram foi incrível. Eles chegaram era mais ou menos umas duas e meia da manhã e a festa foi até as sete, impossível de se dormir”.

Um fato muito legal foi o reconhecimento que a camisa do Ituano teve por lá. Segundo Gui, “teve muita gente que nos abordou dizendo que torceu pelo Ituano contra o Vasco [última rodada da Série B]. Eles falavam ‘caraca, Ituano!’ e pediam para tirar fotos, alguns estrangeiros perguntavam ‘que time é esse’? A gente explicava que era um time do Brasil, que revelou Martinelli. Teve até um argentino que passou, eu estava sentado, comendo e com um calção do Ituano e ele passou em um grupo e gritou: ‘Ituano, Ituano, Itu, tudo é grande, orelhão!’. Alguns já conheciam e outros tinham curiosidade”.

A foto que ilustra essa matéria mostra Gui Galdini e Bruno Alvarenga, com a já famosa bandeira, mas o primeiro à esquerda é um brasileiro que mora no Canadá desde 1996 e o irmão dele é dono do restaurante Kim, na Floriano Peixoto, e ele estava também com a camisa do Ituano. Foi mais uma das amizades que fizemos por lá”, completa.

O rapaz da foto é Aaron Julius Kim, ituano que atualmente reside no Canadá. Ele estará encerrando esta série de matérias sobre ituanos na Copa, na edição do próximo sábado.