Usuário denuncia falta de cobertura de medicação, plano de saúde nega
Recentemente, um usuário do convênio da Unimed Salto/Itu entrou em contato com a redação para fazer uma denúncia de que a cooperativa teria negado cobertura obrigatória para sua mãe, uma paciente com esquizofrenia. A Unimed nega.
Ao JP, o homem alega que foi negada para sua mãe a aplicação de uma medicação que custa quase R$ 3 mil e tem de ser aplicada mensalmente. “Não só negaram um procedimento de cobertura obrigatória como só enviaram a carta de negativa após 17 dias, sendo que são obrigados pela ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar] a enviar em, no máximo, 24 horas”, comenta o reclamante.
“Não bastasse tudo isso, ainda ligaram para a paciente com esquizofrenia para dar a notícia e isso só a deixou mais agitada, e tentou o suicídio, sendo que claramente no laudo médico estava descrito que a paciente está em crise e não é capaz de entender informações, e que todo contato deveria ser feito com seu tutor legal”, acrescenta o filho da paciente.
O reclamante explica ainda que conseguiu as quatro primeiras aplicações da medicação por um outro programa especializado. “Mas agora a Unimed precisa cobrir a partir da quinta aplicação ou a paciente corre risco de morte e todos os familiares, pois a pessoa sem a medicação se torna altamente agressiva”.
Ainda segundo o conveniado, a “Unimed insiste em falar que tem medicamentos mais baratos pra isso, porém a paciente já tomou e não fez efeito, e também insistem em falar pra ela tomar comprimido, mas paciente com esquizofrenia nega medicação, por isso é necessário medicamento injetável”.
O JP questionou a Unimed Salto/Itu que, por meio de nota, informa que “cumpre integralmente a Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98) e a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/18) tanto no contato com os beneficiários como na rotina de autorização de procedimentos”.
A cooperativa esclarece ainda que “não houve solicitação inicial de documento de negativa de cobertura, o que foi feito, dentro do prazo legal, quando solicitado”. Por fim, explica que “possui profissionais da especialidade demandada disponíveis dentro dos prazos legais, mas que a beneficiária optou por atendimento por médico fora da rede da operadora”.
Passei pelo mesmo problema. Um absurdo um plano de saúde como esses negar tal atendimento.
No meu caso só resolveu processando mesmo a Unimed. Mas recomendo que faça isso, pois os juízes não aguentam mais tanta exploração desse plano de saúde ridículo que só está causando problemas, desrespeito e morte de pacientes, mascarados num prédio novo que só tem fachada, porém, péssimo atendimento.