Visita técnica é realizada nas obras da CTR de Itu

O aterro sanitário da CTR conta com solo impermeável e tanques para armazenamento temporário do chorume gerado (Foto: André Roedel)

Na manhã de quinta-feira (22), uma comitiva formada pelo prefeito Guilherme Gazzola (PP), secretários municipais, vereadores e imprensa esteve nas obras da CTR (Central de Tratamento de Resíduos), que deverá “revolucionar” a gestão de resíduos em Itu até 2026, segundo a Prefeitura. A primeira etapa da obra deverá ser entregue em 2026. O investimento total, de acordo com o divulgado anteriormente, é de R$ 85 milhões.

“O CTR já possui estrutura para disposição final de resíduos urbanos e aguarda liberação da CETESB [Companhia Ambiental do Estado de São Paulo] para funcionamento”, explicou Rodrigo Ventre, CEO da empresa EPPO Cidades Inteligentes. Ventre destaca que a implementação integral da CTR terá mais duas fases distintas. “Essas fases incorporam progressivamente tecnologias inovadoras, visando a redução substancial da quantidade de resíduos destinados a aterros”, afirmou.

Nas Etapas 02 e 03, a CTR vai gerar biogás purificado, transformando-o em biometano, uma alternativa ao gás natural. Adicionalmente, biodigestores possibilitarão a produção de energia elétrica. Os ativos gerados a partir da produção e venda de energia serão utilizados de forma conjunta entre a iniciativa público-privada, visando estimular o crescimento sustentável da cidade.

Atualmente, Itu produz uma média mensal de produção de 5 mil toneladas de lixo e enfrenta desafios além da mera coleta, especialmente no custoso tratamento desses materiais, de acordo com a administração. Os investimentos na CTR, então, têm a promessa de aliviar essa despesa a médio prazo, proporcionando benefícios tanto para o município quanto para seus habitantes.

De acordo com Ventre, a CTR irá receber o resíduo gerado na cidade, que passará pelo processo de segregação e trituração. A partir daí, 50% que corresponde à fração úmida será usado para a geração de biometano, enquanto 30% de fração seca será usado na produção de energia elétrica. Os 20% restantes de rejeitos vão para o aterro e até mesmo para a reciclagem.

O aterro sanitário da CTR conta com solo impermeável e tanques para armazenamento temporário do chorume gerado, que será encaminhado posteriormente para estação de tratamento externa licenciada. A CTR também contará com unidade de tratamento de resíduos de serviços de saúde e uma unidade de beneficiamento de resíduos da construção civil.

“Com a CTR, Itu conquista um lugar de destaque no ranking das cidades sustentáveis a nível nacional. Além do impacto ambiental positivo, a cidade se torna atrativa para novos investimentos e indústrias, prometendo gerar renda através da produção de energia elétrica em poucos anos. Agradeço ao grupo EPPO pela parceria e à Câmara de Vereadores que tornaram possível a construção deste CTR por meio de decisões nem sempre populares, mas que visam o desenvolvimento de Itu”, disse o prefeito de Itu.

Aterro Pinheirinho

Imediatamente após o início das operações da CTR, o atual aterro sanitário localizado no bairro Pinheirinho será desativado. Duas formas de reaproveitamento do local são analisadas. Uma delas seria a produção de biogás e energia. Outra seria a instalação de uma fazenda fotovoltaica, como foi feito no aterro de Curitiba (PR). Os projetos podem gerar energia para atendimento de até 1/3 da cidade de Itu. Novas informações sobre a CTR serão divulgadas em momento oportuno, informa a Prefeitura.