Wagner Sasso: “Ituano não pode correr riscos no Brasileiro”

Muita gente comentou sobre o rebaixamento do Ituano e concordo com quase tudo que foi dito ou escrito. Paulo Silvestri, um dos gestores do Ituano, assumiu a culpa do rebaixamento publicamente. 

Menos mal, porque podemos esperar uma nova postura da gestora a partir de agora. Mas tenho lá minhas dúvidas. A teimosia revelada por Juninho, escancarada pela nota que divulgou em apoio ao treinador do “DNA ofensivo” me deixa em dúvida. 

Até então o Ituano havia anotado apenas três gols e sofrido treze. E Juninho, que poderia ter trocado o treinador, preferiu apoiá-lo. 

Claro, a gestora é 100% culpada do rebaixamento. Foi ela quem contratou Marcinho e mesmo após um Brasileiro pífio, insistiu em mantê-lo no comando do time. Foi ela também que após um ano desastroso em 2023, dispensou quase todos os jogadores e conseguiu a proeza de montar um elenco pior para 2024. Chegamos a sentir saudades de Hélio Borges, Quirino e Cia. 

Atribuir a culpa a Marcinho é fácil. Foi teimoso? Insistiu em seu “DNA ofensivo” sem ter jogadores para isso? Sim! Poderia ter assumido postura mais defensiva e amealhar alguns pontinhos que livrariam o time do rebaixamento. Os jogadores têm culpa? Creio que não. Eles simplesmente não tinham capacidade para produzir mais. Erro de quem os contratou. 

Aliás, quem é o responsável pelas pesquisas e indicações de atletas para que o Galo os contrate? Esse profissional, se é que ele existe, é decididamente incompetente.

Tomara que a lição tenha sido aprendida. O Ituano não pode correr riscos no Brasileiro. Isso com certeza teria influência na distribuição do dinheiro da Libra. E o caminho de volta à Série B está cada vez mais difícil. 

Então, confiemos que a postura de Silvestri prevaleça e o Ituano faça boa campanha no Brasileiro e depois retorne à Série A-1 do Paulista. Que assim seja!