Dia Nacional dos Animais comemora-se em 14 de março

Mônica Beatriz tem três cadelas (Foto: Arquivo pessoal)

O Brasil comemora o Dia Nacional dos Animais em 14 de março. A data visa conscientizar sobre os cuidados que se deve ter com relação aos animais, quer sejam domésticos ou selvagens.

Os animais também são lembrados em 4 de outubro, Dia Mundial dos Animais, em homenagem a São Francisco de Assis, padroeiro dos animais. No Brasil também há o Dia de Adoção Animal (17 de agosto) e Dia da Libertação Animal (18 de outubro).

Conforme a legislação brasileira, maltratar animais é crime. Como maltrato entende-se: bater; deixar sem alimentos, água e abrigo; deixar preso, não tratar das doenças e abandonar os animais domésticos.

Em Itu, uma pessoa intimamente ligada aos animais é a fotógrafa pet Mônica Beatriz Pessoa, 47 anos, que dedica seu trabalho a fazer fotos de animais. Ela falou ao Periscópio como tem visto a relação entre animais e humanos, nestes tempos de pandemia.

“Durante a pandemia, a relação entre humanos e pets se aproximou muito, devido a própria necessidade de se ficar em casa”. Ela alerta ainda que com o convívio mais próximo, pode haver excessos “e no retorno a vida normal, pode haver conseqüências, na ausência do tutor”.

Mônica tem três cadelas SRD, Madona, Xerosa e Lea e afirma que “nossa relação é de muito carinho, amor, cuidados veterinários e disposição para passeios”. A fotógrafa alerta que embora a pandemia aumente em muito a proximidade entre as pessoas e os animais, é necessário cuidado para não “humanizar os pets”, para o bem dos animais e dos próprios donos, uma vez que o apego é inevitável e “isso pode influenciar lá na frente, quando tudo voltar ao normal”.

Já o médico-veterinário Sérgio Castanheira diz que, nestes tempos de pandemia, “melhorou e favoreceu a interação e a afetividade entre donos e pets. Isso é bom hoje, mas no futuro o dono precisa manter o mesmo afeto, carinho e atenção com seus pets”.

Ele entende que “depois que normalizar a vida, elas terão que manter o mesmo afeto e carinho, pois os pets não saberão a diferença após a pandemia e se mudar irá causar stress para eles”.

Castanheira afirma que durante a pandemia está sendo registrado um aumento no número de animais abandonados, e a crise econômica é um dos fatores. Já em termos de adoção, isso está ocorrendo em menor proporção, “mas as adoções estão favorecendo muito o emocional das pessoas que estão em situação de stress devido a pandemia”.

Finalizando, Sérgio Castanheira espera que “possamos voltar a normalidade o que vai favorecer a qualidade de vida e bem estar das pessoas e dos animais”.