Cachorros são abandonados na região do Sete Quedas

Nesta semana o Periscópio recebeu uma denúncia dando conta de maus tratos e abandono de cães na região da Estrada Sete Quedas, por boa parte de sua extensão, inclusive nas proximidades de um loteamento fechado.

Segundo a pessoa, que pediu para não ser identificada, é comum encontrar cachorros perdidos perambulando pela estrada, completamente perdidos, muitas vezes desnutridos.

“Há pessoas que acabam deixando água e ração para que os cães tenham alguma alimentação e alguns dias após os cães já não estão mais nas proximidades, pois alguém deve tê-los recolhido. Mas nem sempre é assim”, disse a pessoa.

Outra triste constatação diz respeito ao encontro de carcaças de animais. “Quando a gente vê urubus voando nas proximidades, pode ter certeza que há animais mortos que são jogados, descartados”, lamenta.

Finalmente outra constatação, que poderia ser até de certa forma engraçada, se não fosse absolutamente lamentável. “Há pontos, bifurcações e encruzilhadas na estrada, em que as pessoas fazem ‘trabalhos’ e ‘oferendas’ e os cães famintos acabam em busca de galinhas, pipocas e outras coisas para saciar a fome”.

Crime – Conforme a OMS – Organização Mundial da Saúde, em 2022 existiam no Brasil cerca de 30 milhões de animais abandonados pelas ruas, sendo aproximadamente dez milhões de gatos e 20 milhões de cachorros.

Havia uma lei que determinava um ano de detenção para quem abandonasse animais. Em 2020 uma nova lei federal – Lei Sansão 14.064/20 – aumentou a pena para até cinco anos de prisão, mais proibição da guarda e multa, prevista pela Lei dos Crimes Ambientais, que variam de no mínimo, R$ 50,00 a, no máximo, R$ 50 milhões.

Zoonoses – Para as pessoas que por algum motivo tenha um pet e não pode mantê-lo, o correto não é abandoná-lo, mas sim entrar em contato com o setor de Zoonoses da Prefeitura e encaminhá-lo. Lá o cão ou gato será recebido, cuidado e colocado para adoção.

O telefone para mais informações é 4013-1401 ou WhatsApp 93231-9925 e o endereço, Avenida Sete Quedas, 1.038, na Vila Progresso. Lá um pessoal especializado dará toda a atenção ao pet, até que ele seja adotado nas diversas feiras de adoção que acontecem durante todo o ano na cidade.

E não é apenas cães e gatos. Já foi registrado, só para citar um exemplo, de uma pessoa que entregou 20 codornas que foram encaminhadas para adoção. No caso de cães e gatos, o Centro de Zoonoses também realiza a castração dos animais.

Além do Centro de Zoonoses São Francisco, já citado, há também o Centro de Controle de Zoonoses Vila Martins, situado na Rua Dr. Abel Lemes, 1, na Vila Martins, para servir a população da populosa região da Vila Martins, Cidade Nova e Pirapitingui.

ASPA – Na cidade há também a Associação de Socorro e Proteção aos Animal (ASPA-Itu), uma ONG que realiza um trabalho sério e competente. A ASPA pode ser contatada pelo telefone 4022-0782.  

A ONG vive de doações e as pessoas interessadas podem acessar o site www.aspaitu.com onde poderá conhecer a história da entidade e o trabalho de amor e desprendimento que é realizado em prol dos animais.

Criada em 2006 por iniciativa da agora vereadora Patrícia Gollitsch Daunt (PSD) e sua mãe Thereza, a ASPA já tem contabilizado mais de 12 mil cães. Atualmente são mais de 500 que ali vivem e são muito bem tratados, vivendo, entretanto, de doações.