Cinerama: Adão Negro

Dwayne Johnson mostra todo seu carisma em “Adão Negro” (Foto: Divulgação)

Black Adam, Ação, 2022
Direção: Jaume Collet-Serra | Duração: 2h05 | Classificação indicativa: 14 anos

Nota: ★★★

Um filme pipocão bem honesto. Assim é “Adão Negro”, projeto ao qual o carismático Dwayne “The Rock” Johnson se debruçou pelos últimos dez anos praticamente. Na trama, o poderoso personagem baseado nos quadrinhos da DC Comics é libertado de sua tumba para lançar sua justiça cruel sobre a Terra. O longa-metragem é divertido, não tem vergonha de ser piegas e clichê quando preciso e tem uma ação eletrizante do começo ao fim.

Mas nada disso mascara os defeitos da produção, que tem uma direção genérica comandada por Jaume Collet-Serra, excesso de personagens secundários (apesar de achar a participação da Sociedade da Justiça muito legal) e que é composta essencialmente apenas por terceiros atos. Não há desenvolvimento de trama, apenas ganchos para porradaria. E isso nem dá pra ser encarado como um defeito, pois é o que se espera de um filme de ação. 

Só que esse “vazio” mostra um esgotamento do gênero de super-heróis, que vem cada vez mais entregando filmes medianos pra baixo. Independente desse cenário, “Adão Negro” mostra que há futuro para o universo cinematográfico da DC e deixa boas pistas para o futuro – em especial com a ótima cena pós-crédito, que traz esperança de novos tempos.