Cinerama: Avatar: O Caminho da Água

Novo “Avatar” é um desbunde visual com muito a dizer (Foto: Divulgação)

Avatar: The Way of Water, Ação/Fantasia, 2022
Direção: James Cameron | Duração: 3h12 | Classificação indicativa: 12 anos | Em cartaz nos cinemas

Nota: ★★★★

A continuação do maior sucesso de bilheteria do cinema em todos os tempos contradiz o que (não) se esperava e acaba se revelando muito boa. Não tão revolucionária quanto a história original, lançada em 2009 e que causou grande impacto principalmente por conta do uso da tecnologia 3D, mas boa o bastante para empolgar em suas mais de três horas de duração.

Em “Avatar: O Caminho da Água”, Jake Sully (Sam Worthington) e Ney’tiri (Zoë Saldaña), após formarem uma família, fazem de tudo para ficarem juntos. No entanto, eles devem sair de casa e explorar as regiões de Pandora quando uma antiga ameaça ressurge, e Jake deve travar uma guerra difícil contra os humanos. O filme traz um plot básico, mas bem feito. Como um bom blockbuster deve ser.

O diretor James Cameron novamente prova que sabe fazer uma aventura de ação como nenhum outro cineasta. Seu filme tem um ritmo frenético, uma trama cativante e personagens bem construídos. Mesmo se escorando em artifícios manjados de roteiro, o longa se mantém constante até o fim, entregando uma conclusão grandiosa – e ganchos para possíveis continuações.

Tecnicamente impecável, o filme é um desbunde visual, mas com estofo. Não é algo vazio como muita gente apregoava. Discute temas importantes, como a importância da preservação dos recursos naturais, com a linguagem acessível do entretenimento. Em linhas gerais, “Avatar: O Caminho da Água” é o feliz resultado da soma de um diretor esmerado, uma fórmula pronta, um roteiro caprichado e um orçamento generoso.