Cinerama: Godzilla e Kong: O Novo Império

Novo capítulo do chamado “MonsterVerse”, “Godzilla e Kong: O Novo Império” é uma decepção. Ainda mais quando chega poucos meses após o excelente “Godzilla Minus One”, que prova que os japoneses estão bem à frente dos estadunidenses quando o assunto é fazer filmes de monstros gigantes. E por que o novo filme da Warner Bros. com a Legendary é uma decepção? Porque falta um elemento muito importante: humanidade.

Pode parecer até irônico se falar em humanidade em um filme que reúne dois dos maiores monstros do cinema, mas é isso mesmo que você leu. Enquanto em “Minus One” a direção mostrava os dilemas humanos no combate à ameaça do lagartão radioativo, em “O Novo Império” o que vemos é apenas um pretexto para um embate repleto de efeitos especiais – que, por sinal, ficam no chinelo se compararmos com a produção japonesa, que ganhou até o Oscar de Melhores Efeitos Visuais com orçamento menor.

A trama é simplória, apenas uma desculpa para colocar os antes rivais (Godzilla e Kong) lado a lado contra uma ameaça maior. O resultado é uma aventura rasa, sem brilho e que, no fim de tudo, tenta apelar para um sentimentalismo barato. Isso sem contar o roteiro atabalhoado, que muitas vezes nem sentido faz.

As atuações do filme também são fracas,  um verdadeiro desperdício de bons nomes como Rebecca Hall e Brian Tyree Henry. O ponto principal é mesmo o confronto entre as criaturas, que ao menos empolga um pouco, devendo agradar o espectador que só quer ver algo despretensioso na telona.

Nota: ★★

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