Cinerama: Gran Turismo: De Jogador a Corredor

Relação entre Jann e Jack é interessante, mas cheia de pieguice (Foto: Divulgação)

Gran Turismo, Ação/Drama, 2023 | Direção: Neill Blomkamp | Classificação indicativa: 12 anos | Duração: 2h14 | Em cartaz no Cine Plaza

Inspirado em uma história real, “Gran Turismo: De Jogador a Corredor”, que chegou aos cinemas na semana passada, acerta em ser um filme baseado em videogames que vai por um caminho bem diferente das demais produções do gênero.

Aqui, o foco é no jovem Jann Mardenborough (Archie Madekwe), que cresceu jogando o simulador de corridas do PlayStation e que ganha a oportunidade de se tornar um piloto de verdade. Por isso é melhor dizer que se trata de um filme de esportes, e não de videogame – e aqui já abro a brecha para a longa discussão se e-sports são esportes ou não.

De todo modo, o longa-metragem dirigido por Neill Blomkamp acerta muito quando foca na ação das corridas, com sequências de tirar o fôlego e efeitos incríveis. Porém, erra a mão no sentimentalismo barato que corre solto nos bastidores, especialmente quando Jann lida com sua família. Até mesmo o casca-grossa David Harbour (que interpreta o ex-piloto Jack Salter) não escapa de momentos piegas, frutos de um roteiro genérico.

Se o filme se concentrasse no que fez Gran Turismo ser um dos maiores games de corrida, que vem de dentro das pistas virtuais do simulador, teria sido bem melhor. Ao invés disso, prefere focar em relações interpessoais clichês, sem profundidade. Cai na vala comum e se torna totalmente esquecível.

Nota: ★★★