Cinerama: Maestro

“Maestro”, cinebiografia do maestro Leonard Bernstein, foi um dos grandes esnobados do Oscar deste ano. Apesar de ser indicado para sete categorias do principal prêmio do cinema mundial, o longa-metragem dirigido e protagonizado por Bradley Cooper não levou nenhuma estatueta para casa. Justo ou não? Para mim, foi justo.

O filme disponível na Netflix conta a história real de Bernstein (interpretado por Cooper), responsável pela composição da trilha sonora de musicais aclamados da Broadway, como “West Side Story” e “Peter Pan”. Também mostra sua complexa relação com a atriz de TV e teatro Felicia Montealegre (vivida por Carey Mulligan), que tolerava os relacionamentos extraconjugais (e homossexuais) do companheiro.

E por que foi justo “Maestro” sair do Oscar de mãos abanando? Porque falta alma para o filme. A obra é bem montada, tem uma fotografia incrível, mas às vezes parece pretensiosa demais. Parece aqueles filmes pensados para concorrer aos principais prêmios da temporada – mas que no fim acabam ficando de lado.

No quesito atuações, Bradley Cooper está muito bem, mas quem rouba a cena é Carey Mulligan, que entrega uma performance magistral no papel da companheira do músico. Outro destaque é a maquiagem espetacular e muito bem executada. Mas a falta de uma entrega maior de Cooper na direção faz o filme parecer um tanto enfadonho, e a história de vida de Bernstein é tudo menos isso. Uma pena. Apesar disso, vale a pena conferir para conhecer um pouco mais desse músico incrível e controverso.

Nota: ★★★