Itu recebe exposição de arte contemporânea que promete inquietar o público

“subjugada” (2022), colagem mista em tela impressa (Foto: Divulgação)

Contemplada pelo ProAC 2023 (Programa de Ação Cultural de São Paulo), a mostra “desIGUAL”, da artista visual Thays Leonel, chegará em Itu no dia 20 de abril. Depois de ter passado por Itapetininga, Tatuí e Jundiaí, o Fama Museu receberá as mais de 50 obras que chamam atenção para os limites e negligências que permeiam as vidas das mulheres.

Thays parte da revolta diante da impossibilidade de plena existência social feminina, chamando atenção para os limites impostos a elas. Com “arte sobre mulheres e por mulheres”, a artista conta que formou uma equipe 100% feminina para produzir a exposição que aborda, principalmente: desigualdades entre os sexos e suas intersecções com raça e classe, falta de representatividade das mulheres na esfera pública e suas consequências e violências estruturais sofridas por elas, tanto físicas quanto emocionais

Entre estatísticas e sensações, “desIGUAL” é uma experiência que traz reflexões e pretende funcionar como uma semente de transformação social. Com curadoria de Giovanna Trevelin, a exposição é um convite à inquietação. A abertura será na tarde do dia 20 de abril, das 14h às 17h, e terá a DJ Julia Günther, trazendo um set especial de músicas femininas, além de um coquetel. A mostra ficará em cartaz até o dia 29 de julho de 2024. O Fama Museu fica na Rua Padre Bartolomeu Tadei, 09, Bairro Alto.

Sobre a artista

Thays Leonel é artista transdisciplinar, que utiliza arte e tecnologias para desafiar o status quo de maneira lúdica, poética, política e informativa. Para ela, arte e ativismo se fundem em obras que fomentam reflexões, consciência e pensamento crítico. Seu processo é experimental e intuitivo, com muita pesquisa, garimpo e coleta de materiais. 

“Meu ateliê tem um acervo de bugigangas com postais e recortes de jornais e revistas antigos, objetos do cotidiano, comprados e reutilizados, restos de embalagens, vidros quebrados, materiais descartados em construções e, ultimamente, até materiais orgânicos como casca de palmeira, coletadas do jardim”, conta a artista. Tudo pode virar obra em suas mãos, que circula entre arte conceitual, abstrata, urbana, gráfica e o que for necessário para se expressar.