JP na Copa: Em final épica, Argentina bate França e sagra-se tricampeã mundial

Quem não é o maior, tem que ser o melhor. Messi se supera, supera Mbappé e, enfim, chega ao alto do Olimpo (Divulgação/Fifa)

Em uma final histórica e sem precedentes, a Argentina bateu a França nas penalidades, sagrando-se tricampeã mundial na Copa do Mundo do Catar 2022, no Estádio de Lusail, neste domingo (18). Os gols argentinos foram marcados por Lionel Messi, de pênalti aos 23 minutos e Di Maria, aos 36, ambos na primeira etapa. Já Mbappé diminuiu de pênalti aos 80 e empatou aos 81, levando o jogo para a prorrogação.

Na primeira etapa a Argentina simplesmente engoliu os franceses. Ganhando com sobras o setor de meio de campo, os hermanos dominaram amplamente e os 2×0 foram justificados. Messi comandou e Di Maria fez a diferença, estando sempre livre para receber e, inspirado, levando muito perigo, quer seja finalizando, quer seja criando jogadas para seus companheiros.

A França, com Mbappé bem marcado e pouco inspirado, não conseguiu mostrar seu futebol e, com ele caindo, caiu a França toda. O jogo foi tão atípico, que técnico francês Didier Deschamps, ainda na primeira etapa, fez duas substituições, algo inédito em finais, com a saída de Giroud e Dembelé para a entrada de Thuram e Kolo Muani, respectivamente.

No intervalo, a temperatura no vestiário francês subiu muito mais que o calor do próprio deserto. Na etapa final, como era de se esperar, a França veio para o tudo ou nada, mas a Argentina soube se segurar. Com o passar do tempo e a inoperância francesa, os hermanos voltaram a crescer.

Mas, na marca dos 79 minutos, pênalti para a França que Mbappé cobrou, um minuto depois, para diminuir e, com tempo hábil, incendiar o jogo. E incêndio foi pouco. Na marca dos 81 minutos, antes que a Argentina pudesse respirar, Mbappé empatou num gol simplesmente espetacular.

A partir disso, o jogo ficou em aberto, completamente, e simplesmente sensacional. A França foi mais à frente, a Argentina sentiu o golpe, mas a partida já estava fadada à prorrogação.

Pode ter sido apenas uma coincidência, mas a partir da saída de Di Maria, a Argentina caiu e a França cresceu. Veterano e abaixo dos 100% fisicamente, Di Maria enquanto esteve em campo fez a diferença. A sua saída, cansado e com o jogo – teoricamente definido, foi o marco do jogo.

Vale lembrar também que Messi, cansado, caiu de rendimento enquanto Mbappé cresceu espetacularmente. Tudo isso é ingrediente para uma final histórica.

Prorrogação – Com as duas seleções absolutamente cansadas, a prorrogação ficou mais na base da voluntariedade, da raça e da vontade, que propriamente da tática e técnica. E foi quando apareceu o peito e a raça da Argentina. E foi quando Messi ressurgiu!

Na marca dos 108 minutos, faltando 12 para o encerramento da prorrogação, num ataque poderoso da Argentina a bola sobrou nos pés de Messi, para fazer a diferença, fazer o gol e ficar a um passo do título.

Aos 115 minutos, como se a emoção ainda fosse pouca, pênalti para a França, que Mbappé, aos 117 minutos marcou, deixando tudo igual num 3×3 indescritível. Com emoção até o último milésimo de segundo, o jogo acabou e foi para as penalidades.

Penalidades – Com uma defesa espetacular de Martinéz e uma bola chutada para fora, a França foi obrigada a render-se: 2×4 Argentina. ARGENTINA, campeã do mundo. ARGENTINA, TRICAMPEÃ MUNDIAL!!!