Maçonaria quer se aproximar da sociedade

Durante sessão festiva na Loja Maçônica Beneficência Ytuana, no dia 15 de fevereiro, Grão-Mestre do Grão Oriente do Brasil Ademir Cândido, Venerável Mestre Wilson Roberto Pelinson e Grão-Mestre do GOB/SP Ruberval Ramos Castello (Foto: Divulgação)

No dia 15 de fevereiro, o JP recebeu a visita do Grão-Mestre Estadual do Grande Oriente do Brasil de São Paulo (GOB-SP), Ruberval Ramos Castello, que esteve acompanhado do chefe de gabinete do GOB-SP, Dario Barreto, do presidente da Loja Maçônica Beneficência Ytuana, Wilson Roberto Pelinson, de seu secretário Luiz Roberto de Barros, da Delegada Regional do CRECI (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), Elaine Branco, e da diretora secretária da Associação Comercial e Industrial de Itu (ACII), Silvana Reis. 

Na ocasião, Ruberval aproveitou para reforçar o trabalho desenvolvido pela Maçonaria, além de estreitar os laços com a sociedade civil de Itu. À reportagem, o Grão-Mestre Estadual, o equivalente ao Governador do Estado para a sociedade civil, destacou o trabalho desenvolvido pela Loja Beneficência Ytuana, além de comentar sobre suas ações à frente do GOB-SP.

“Estou Grão-mestre desde junho do ano passado. Estamos retomando a maçonaria como era antigamente. O Grande Oriente do Brasil de São Paulo tem essas atividades [campanhas solidárias], mas a gente provoca esse tipo de ação nas lojas. Nós tivemos uma campanha de arrecadação de alimentos em setembro  e arrecadamos 124,998 kg de alimento, com 257 lojas trabalhando nessa causa e hoje estamos com 614 lojas. A gente está retomando tudo o que era antigamente”, destaca Ruberval.

O Grão-Mestre prossegue. “A maçonaria é uma associação e, por muito tempo, foi muito forte no Brasil em todos os níveis e estamos tentando fazer alguma coisa. Estamos em 304 municípios dos 645 do Estado de São Paulo, mas estamos fazendo alguns trabalhos para nos projetar na sociedade civil”, reforça.

Para Ruberval, é necessária a manutenção das tradições, porém deve-se unir forças. “Antes a maçonaria se escondia da sociedade civil, mas não acho que a gente tem que se esconder, a gente não tem que abrir os nossos considerados ‘segredos’, mas a gente tem que estar junto para fazer a maçonaria crescer e ajudar a sociedade civil. Nosso principal foco é ajudar a sociedade civil. Se a gente conseguir que todas as lojas comprem a ideia e trabalhem em microrganismos, a gente consegue abraçar o estado com facilidade”, vislumbra.

Também presente na visita, Venerável Mestre Wilson Roberto Pelinson falou a respeito dos trabalhos desenvolvidos no município. “A maçonaria auxilia muitas instituições e pessoas físicas, desde cadeira de rodas, medicamentos, cadeira de banho, muletas, emprestamos e também com outras ações, doação de alimentos, e vestuário. Atualmente auxiliamos mais regularmente o CAVI (Centro de Apoio e Valorização à Infância) e o Centro Promocional Madre Teodora”, explica.

Pelinson comenta ainda que, em 2017, a Loja Maçônica Beneficência Ytuana criou o Instituto Beneficência Ytuana, o qual podem ser feitos projetos educacionais, palestras e convênios. 

A respeito das ações solidárias realizadas, a maçonaria solicita muitas vezes o auxílio da sociedade civil. Por isso, reforça. “Quando se fala em maçonaria, tem pessoas que falam ‘ah, os caras são ricos’ e isso não é verdade. Existem pessoas que têm uma situação muito boa, mas não é a verdade geral, daí acham que não precisam doar nada. Não somos ricos, mas somos muito trabalhadores”, destaca Wilson, que é complementado por Ruberval. “A gente quer se unir para o bem de todos”, conclui.

Comemoração

Na última quinta-feira (22), comemorou-se o Dia Internacional do Maçom. A data é uma alusão ao aniversário de nascimento do maçom George Washington, primeiro presidente dos Estados Unidos, em homenagem aos princípios maçônicos de Liberdade que nortearam a formação daquele país e que serviram de exemplo para o mundo.