Memória de Galileu Bicudo como prefeito é reconhecida pela Câmara

Maria do Carmo Piunti relembrou a história de Galileu Bicudo durante a discussão o projeto (Foto: André Roedel)

Em discussão única na sessão ordinária desta semana, o Projeto de Decreto Legislativo Nº 26/2021, proposto pela vereadora Maria do Carmo Piunti (PSC), que “Reconhece a Memória de Galileu Bicudo à Condição Honorífica de Prefeito Municipal de Itu – 1969/1972” foi aprovado por unanimidade. A propositura foi elogiada pelos demais edis, com alguns relembrando histórias do ex-prefeito – conhecido como “Tatu”.

De acordo com a justificativa do projeto, em 1968, Galileu Bicudo disputou a eleição municipal para prefeito de Itu e venceu o pleito. Na véspera da posse, em 31 de janeiro de 1969, foi detido pelo Exército local e conduzido preso ao Regimento Militar de Jundiaí. Na noite de 29 de abril de 1969 o programa “A Voz do Brasil” anunciou a cassação do seu mandato e suspensão dos direitos políticos por dez anos.

Com base no Ato institucional número 05, de 13/12/1968, Galileu Bicudo foi afastado da vida pública. A decisão seria revista pela auditoria Militar posteriormente. E o próprio Regime o absolveu, por unanimidade, no dia 19 de novembro 1969, declarando que ele não incorrera em prática de qualquer delito, crime, ato ideológico considerado na época subversivo ou episódio de corrupção.

Galileu Bicudo (1916-1997) participou da Revolução Constitucionalista de 1932, foi vereador em Itu nas legislaturas 1948-1951 e 1960-1963 e presidente da Casa de Leis em 1960. Também foi prefeito de Itu (1956-1959) e deputado estadual (1963-1967).