Operação “Queóps” é realizado pela Deic

A Polícia Civil confirmou  também que  investiga a participação de artistas, celebridades e jornalista famosos no esquema (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Na manhã da última quarta-feira (16), policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Campinas realizaram a operação “Queóps”, cumprindo 13 mandados de busca e apreensão em investigação contra crimes de estelionato praticados através de pirâmide financeira na região. Os golpes aplicados durante o esquema são estimados em R$ 300 milhões.

De acordo com as autoridades, os mandados foram cumpridos nas cidades de Itu, Indaiatuba Jundiaí, São Paulo, Diadema e Santos e tiveram como alvo uma empresa que teria sido criada com o intuito de aplicar os golpes. Durante a operação foram apreendidos documentos, celulares, computadores, notebooks, cartões de memória e pen drives, que irão passar por perícia.

As investigações da Polícia Civil apontam que a empresa investigada, chamada inicialmente de Agro S/A, adquiriu um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de maneira fraudulenta ao falsificar documentos de outras empresas para obter um registro mais antigo e, assim, transparecer maior credibilidade.

A empresa dizia que atuava em negociação de commodities agrícolas e tentava incentivar investidores a recrutarem outros investidores, sendo esse um requisito obrigatório para obter lucros, porém segundo as investigações, todo o lucro da empresa vinha através de novos aportes. Ainda conforme as apurações, após algumas vítimas perceberem que estavam sendo enganadas e fazerem denúncias, a empresa passou a se chamar Pacific Bank, Quivra, Tamino.

A Polícia Civil confirmou também que investiga a participação de artistas, celebridades e jornalista famosos no esquema. Ao Portal G1, o investigador-chefe da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas (DIG), Marcelo Hayashi, disse que, após identificarem o envolvimento de famosos com ações de marketing, as investigações agora buscam saber se eles também foram enganados ou faziam parte do esquema fraudulento.

As investigações que culminaram nos mandados, começaram em meados do ano passado, depois de uma vítima do município de Indaiatuba registrar um boletim de ocorrência.