Coordenador do Departamento de Vetores fala na Tribuna Livre

Biólogo Gilberto Lucena falou sobre a situação da dengue e outras arboviroses em Itu (Foto: Divulgação/Câmara)

O biólogo Gilberto Lucena, coordenador do Departamento de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde de Itu, participou da Tribuna Livre na sessão da última terça-feira (18) e falou sobre a situação das arboviroses – doenças causadas pelos arbovírus, que incluem os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela – no município.

Lucena explicou que o Departamento de Vetores é ligado ao Centro de Controle de Zoonoses, coordenado pelo vereador Dr. Sérgio Castanheira (Cidadania). Existente desde 1994, o departamento tem como “carro-chefe” o controle da dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

O biólogo apresentou informações sobre o mosquito e controle da doença, destacando que, somente neste ano, mais de 111 mil visitas domiciliares foram realizadas para controlar a dengue em Itu, sendo 307 em pontos estratégicos que são comuns terem focos do mosquito.

Segundo Lucena, Itu teve dois picos da epidemia de dengue em 2015 e 2016, mas vem, nos últimos anos, tendo uma estabilidade no número de casos. O biólogo destacou que a dengue é uma doença séria, que debilita demais as pessoas e pode até ocasionar óbito.

Em Itu, foi criado o Sistema de Vigilância de Monitoramento Larvário, que identifica criadores de mosquito, ou seja, pessoas que não atendem ao apelo da Prefeitura e acabam deixando focos do mosquito em suas casas. Somente em 2023, foram 1.020 notificações, 104 autos de infração e 58 advertências.

Neste ano, os três bairros com maior número de casos de dengue foram o Parque Nossa Senhora da Candelária (28), Vila Leis (18) e Residencial Presidente Médici (15). Ao todo, foram 264 casos em Itu em 2023. Nos locais com mais casos houve reforço na nebulização e o conhecido “fumacê”.

Lucena explicou que a transmissão da dengue deve perdurar por mais duas semanas, registrando queda em seguida por conta do frio. Ele também declarou que duas cidades da região preocupam por conta do alto número de casos: Sorocaba e Votorantim, onde, inclusive, já foram registrados óbitos.

Por fim, o biólogo parabenizou o trabalho do Departamento de Controle de Vetores e, sem seguida, foi elogiado pelos vereadores, tanto da oposição quanto da situação. Eduardo Ortiz (MDB) aproveitou para questionar Lucena sobre controle de escorpiões em Itu e se há registro na cidade do mosquito-palha, que transmite a leishmaniose.

Sobre os escorpiões, o biólogo disse que o departamento tem uma equipe exclusiva de atendimento em casos relacionados ao artrópode e recordou que, por Itu ter tido muitas cerâmicas no passado, a incidência de escorpiões é maior.

Ele também disse que não é com inseticida que se faz o controle do animal. “Não existe uma solução imediata para esse tipo de problema”, declarou. Já a respeito do mosquito-palha, o biólogo disse que ele existe na cidade e que foram implantadas armadilhas para controle do animal pelo Governo do Estado.