No Dia Internacional do Jazz, conheça grupo que propaga o estilo em Itu

Grupo Até Jazz conta com formação diversa, incluindo o acréscimo de vocal feminina com a cantora Marielle Cecconello (Foto: Divulgação)

Neste sábado (30) comemora-se o Dia Internacional do Jazz, que é uma manifestação artístico-musical originária de comunidades de Nova Orleans, nos EUA, e teria surgido por volta do final do século XIX.

Em Itu, de acordo com o historiador, professor e maestro Luís Roberto de Francisco, houve diversos grupos de Jazz band na cidade nas primeiras décadas do século XX, influenciadas pelo cinema e pelo repertório do rádio. “Elas eram compostas por músicos das tradicionais bandas de música e tocavam repertório norte-americano”, conta.

Atualmente, o grupo Até Jazz, formado na cidade de Itu há oito anos, é responsável por manter vivo o gênero na cidade. O grupo tem em seu repertório os estilos de jazz, blues, funk e música brasileira, tais como  o samba, bossa nova, baião entre outros. Formado por Eduardo Freire no trompete, Eduardo Gobi no Piano e João Paulo Simão na Percubo (uma bateria compacta como uma forte característica da formação do grupo), o trio tem atuado em festivais, eventos e cerimônias como casamentos na região e capital desde 2014.

O grupo possui diferentes formações, incluindo o acréscimo de vocal feminina com a cantora Marielle Cecconello. Ao todo, o Até Jazz é formado por Eduardo Freire (trompete), Mariele Cecconello (voz e kazoo), Eduardo Gobi (piano), João Paulo Simão (percubo), Gustavo Mazon Finessi (baixo acústico) e Weber Marely (participação especial no saxofone).

 Eduardo Freire estudou no conservatório de Tatuí e começou a tocar na Banda União do Artistas de Itu. “O jazz tem em sua vertente uma característica importante que é a improvisação. A gente faz a primeira vez um tema escrito, depois a gente improvisa dentro de um contexto harmônico que já existe naquela música”, explica.

 Ele conta que sempre teve o sonho de ter um grupo de música instrumental em Itu. “Esse tipo de som só conseguia ter contato em São Paulo ou em outras grandes cidades e é difícil às vezes a gente se deslocar. Daí resolvi montar o projeto aqui e a coisa deu certo. Começamos a fazer vários sons”.

 Marielle Cecconello destaca o ritmo e a cadência do estilo musical. “O jazz me acalma. Quando eu tenho que fazer alguma tarefa difícil e estressante, o jazz é sempre uma boa companhia para transformá-la em algo mais agradável”, diz a cantora que conheceu o estilo musical pelas vozes de Ella Fitzgerald, Louis Armstrong, Nina Simone, Aretha Franklin, Frank Sinatra e mais tarde se influenciou também com Norah Jones, Madeleine Peyroux, Zaz e Michael Bublé.

Para Gustavo Mazon Finessi, o jazz sempre foi “uma ferramenta musical muito poderosa. Acho que o músico que precisa improvisar em qualquer estilo de música precisa estudar o jazz, mesmo que ele não seja um jazzista. E principalmente aquele músico que usa a improvisação no seu dia a dia”.

O músico aproveita ainda para falar sobre uma peculiaridade do jazz. “Às vezes você se sente um guerreiro, tem dias que você toca para um bar vazio ou então um bar cheio que ninguém está ouvindo, está todo mundo conversando e você está ali talvez fazendo o melhor solo da sua vida e às vezes nem gravando você alguém está”, conta.

“Ao mesmo tempo que é superimportante é efêmera. Aconteceu uma vez e desapareceu, nunca mais vai ser visto. Tem aquela coisa de sobrenatural também. Provavelmente as melhores performances de jazz já aconteceram e jamais serão vistas, nunca mais vão ser ouvidas, não foram gravadas. O que a gente tem gravado é só uma parte de tudo o que acontece dentro da história toda”, conclui. Para conhecer mais sobre o grupo, acesse o Instagram [@atejazz_], Facebook [Até Jazz] ou entre em contato pelo WhatsApp (11) 97498-4720.

Um comentário em “No Dia Internacional do Jazz, conheça grupo que propaga o estilo em Itu

  • 01/05/2022 em 07:24
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    Parabéns, só fera aí.

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