Covid-19: Infectologista encoraja vacinação

A infectologista Marina Jabur destaca a importância de se ter o ciclo vacinal completo contra a Covid-19 (Foto: Arquivo/Prefeitura de Itu)

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autorizou a vacinação infantil contra a Covid-19 para crianças de três e quatro anos. A imunização vem acontecendo com doses da Coronavac já em algumas cidades, como a capital paulista. Em Itu, a Prefeitura aguarda diretrizes do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Sorocaba para iniciar a aplicação do imunizante nessa faixa etária. 

Apesar disso, a infectologista Dra. Marina Rocha Campelo Jabur, em entrevista à equipe Jornalismo CEUNSP, reforça a importância da vacinação pediátrica no momento em que as mortes vêm aumentando. “Temos vivenciado mais casos de Covid-19 em crianças com o retorno às aulas neste ano. Quanto mais casos, maior a chance de ter um ou outro mais grave, a vacina reduz a gravidade da doença. Não sabemos ainda como será o esquema infantil no futuro. A avaliação individual do médico do paciente, principalmente se tiver uma comorbidade, é muito importante. As contraindicações existem, mas são muito específicas e raras”.

A médica reitera também que tanto a Coronavac quanto a Pfizer – ambas utilizadas na vacinação infantil – têm segurança e eficácia comprovadas pela ciência. Sobre inclusão de doses adicionais, ela comenta que não existe previsão para a imunização completa e definitiva, mas indica a possibilidade de aplicações periódicas em intervalos de tempo. 

Itu registrou, conforme boletim desta semana, mais um óbito em decorrência da Covid-19, totalizando 608 mortes. Dessas, 12 ocorreram nos últimos dois meses. Marina Jabur destaca a importância de se ter o ciclo vacinal completo e indica um fator que pode ter influenciado nesse aumento de mortes.

“Os esquemas vacinais são baseados em estudos e a eficácia e tempo de cobertura dependem do seguimento destes esquemas, realizando um esquema incompleto não se pode garantir a mesma eficácia. O aumento de doses pode refletir o relaxamento das boas práticas de prevenção bem como uma queda na adesão vacinal. Mas também não podemos deixar de citar que as subvariantes de agora são menos patogênicas e com uma transmissibilidade maior pois temos os assintomáticos por aí”.

Até o último dia 18, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Itu, a cidade contava com 40.239 casos confirmados de Covid-19, com 162.970 pessoas tendo recebido a primeira dose da vacina, 157.666 com a segunda dose, 127.605 com a dose adicional e 5.159 que receberam dose única da vacina.

Região

Neste mesmo período, o município de Salto apresentou 68.740 pessoas que receberam a 3ª dose; 23.593 imunizados com a 4ª dose e 51 pessoas que receberam a 5ª dose, de acordo com a Secretária Municipal da cidade. Em julho, entre os dias 1 e 19, já haviam sido contabilizados 897 casos positivos. Não foi possível a obtenção do número total de casos na cidade desde o início da pandemia, já que, de acordo com a Secretária, o banco de dados da cidade apresentou um problema no lançamento de informações. 

Edição: Gabriela Araújo | Texto e reportagem: Agenor Neto e Gabriel Piccinin