Espaço Acadil: Violência contra a mulher

Guilherme Del Campo
Cadeira nº 11 I Patrono Mario de Andrade

A Lei nº 11.340/2006, conhecida como a Lei Maria da Penha, define como crime as formas de violência contra a mulher. Entendamos que essa prática absurda de agredir as mulheres, seja através da violência física, ofensiva ou psicológica é condenável.

Essa prática é histórica e remonta a tempos imemoriais, onde a presença da mulher era comparada a um objeto, um semovente à disposição dos homens que abusavam do seu gênero, para satisfazer seus desejos ou mesmo escravizá-la.

Vejam que esta violência pode ser física ou mesmo psicológica, através de danos emocionais como a diminuição da autoestima mediante ameaças, constrangimentos públicos, humilhações perante filhos e parentes, manipulações, isolamento social, vigilância excessiva, perseguição, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e até limitações no seu direito legítimo de ir e vir, até a adoção do cárcere privado. Um horror!

As mulheres também podem sofrer de constrangimento moral como calúnia, difamação ou injúria. Nos casos extremos que além da agressão física, envolve a destruição de seus objetos pessoais, documentos, até a retenção de seus telefones celulares que são esquadrinhados e depois jogados no lixo.

Esse paradigma de agressões inexplicáveis, leva a um crescente até desencadear na morte delas de maneira bárbara e geralmente o feminicídio acontece por motivos fúteis ou absurdos. Outro fato complicador é o agressor fazer uso do álcool e das drogas.

Já evoluímos muito, mas infelizmente assistimos diariamente pela mídia, relatos de agressões severas contra esposas e companheiras, que são espancadas ou até mortas por homens imbecis e agressivos que as agridem com tiros e facadas, mesmo diante de filhos pequenos e inocentes. Estudos sugerem que crianças que crescem em ambientes violentos e assistem agressões às suas queridas mães, se tornam agressores no futuro.

Registra-se ainda casos extremos de abusos sexuais, onde mulheres são violentadas por verdadeiros animais. Vejam o caso das dezenas de meninas da etnia Yanomamis, entre outras, estupradas por garimpeiros e mateiros enlouquecidos e bêbados, que acabaram grávidas. Um crime perverso que carece de investigações e condenações.

Hoje em dia, graças às ações de sociedades protetoras das meninas, adolescentes e mulheres vítimas dessas humilhações, tem reduzido substancialmente o nível dessas agressões abusivas. As ONG’s oferecem proteção, abrigo e apoio a essas pobres vítimas, ao retirá-las do convívio de companheiros sem alma, inclusive administrando casas de apoio, escondendo-as dos seus agressores.

Se o amor foi embora, o respeito deixa a desejar, o casamento faliu, o relacionamento foi abalado, a receita é simples: cada um para o seu lado e não esqueçam do apoio aos filhos que sofrem com isso. Não à violência!

Lembrei-me do antigo ditado: “Em mulher não se bate nem com uma flor”!