Os cuidados e previsões do tempo para o verão

Tem início às 18h48 (horário de Brasília) desta quarta-feira (21), no Hemisfério Sul (em que o Brasil está incluído), o verão. A estação mais quente do ano, sempre bastante aguardada, exige uma série de cuidados em relação à saúde.

De acordo com a dermatologista do HCor Dra. Keila Mitsunaga, essa época do ano demanda cuidados redobrados com a pele, já que a exposição excessiva aos raios solares pode causar diversos problemas dermatológicos como desidratação, queimaduras, envelhecimento precoce, além de aumentar o risco de câncer de pele.

“Embora possam ser bastante graves, as doenças de pele causados pelo excesso de exposição ao sol podem ser evitados por meio de medidas simples”, alerta a profissional ao site do HCor.

A médica alerta que o uso do protetor solar é fundamental, porém a aplicação correta deve ser feita de 20 a 30 minutos antes de colocar a pele em contato com os raios solares. A partir desse momento, é preciso renovar a proteção com aplicações realizadas de três em três horas, principalmente, em ambientes como praias e piscinas. Outro cuidado, é jamais usar protetor solar com fator abaixo de 30.

“Pessoas que precisam ficar expostas ao sol durante o trabalho, como motoristas, guardas ou cobradores de ônibus, também devem adotar esses cuidados para evitar câncer de pele”, aconselha a Dra Keila.

“O uso de loções pós-solares e hidratantes também é bastante benéfico, já que tais produtos evitam descamação, refrescam, hidratam, reparam e acalmam a pele que, geralmente, fica danificada após um dia inteiro de exposição solar”, orienta a dermatologista.

As maiores temperaturas do dia são registradas entre as 10 e 15 horas. Por isso, é preciso ter cuidado com a exposição solar direta, já que, neste período do dia, o risco de queimaduras é muito maior. Nessa faixa de horário, o melhor é ficar protegido em locais cobertos, como quiosques, bares ou mesmo os guarda-sóis, o que evita também quadros de insolação.

 “É importante ressaltar que mesmo nessas situações – em que se está indiretamente exposto ao sol – o uso do protetor solar é necessário, já que até 80% da radiação solar é refletida da água e da areia. Isso pode provocar queimaduras mesmo em quem está sob o guarda sol, por exemplo”, diz a médica.

Outro problema comum nessa época do ano, é a desidratação, que pode causar dor de cabeça, tontura, desmaios, entre outras intercorrências. “O ideal é que possamos consumir de dois a três litros de líquidos por dia para manter nosso corpo hidratado. Sucos naturais, bebidas isotônicas e chás gelados cumprem com essa função. Porém, contém mais calorias que a água pura, por exemplo, o que requer cautela”, explica a dermatologista.

Mais informações sobre os cuidados para o verão podem ser obtidas através do site: https://www.hcor.com.br/imprensa/noticias/saiba-quais-cuidados-com-pele-voce-deve-ter-neste-verao/.

Celso Vernizzi é jornalista especializado em meteorologia há cerca de 50 anos atuando em importantes veículos de comunicação (Foto: Arquivo pessoal)

Previsão

Sobre o que esperar da estação, o Periscópio conversou com Celso Vernizzi, o “Homem do Tempo”, marca registrada e herdada de seu pai, Narciso Vernizzi, pioneiro na meteorologia nos meios de comunicação.

Celso, é jornalista especializado em meteorologia há cerca de 50 anos atuando em importantes veículos de comunicação como as rádios Record, Bandeirantes, Globo e Capital, também nas emissoras de televisão Record, Bandeirantes e Globo. Atualmente atua com boletins nas redes sociais e em várias emissoras de rádio do interior de São Paulo.

Em Itu, participa com as previsões do Jornal Hora H, da rádio Cidade FM. Na televisão tem seu quadro com a previsão do tempo no programa Hora Geral de Douglas Gonçalves, na TV Santa Cecília de Santos.

“De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) o fenômeno La Niña deve persistir no início deste verão e essa probabilidade é de 70 %. Isso acontecendo será o terceiro verão consecutivo com tal influência, o que aconteceu pela última vez entre 1998 e 2001”, comenta Vernizzi.

“O evento do La Niña teve início em setembro de 2020, atingindo a categoria de moderado em alguns meses de 2021 e entre outubro e novembro deste ano foi considerado na categoria de intensidade fraca”, prossegue Celso à reportagem.

O jornalista segue com sua explanação. “O La Niña é um fenômeno oceânico caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais de partes centrais e leste do Pacífico Equatorial e de mudanças na circulação atmosférica tropical, impactando os regimes de temperatura e chuva em várias partes do globo, incluindo a América do Sul”.

Celso destaca que no Brasil, durante eventos do La Niña, quase sempre é observado um crescimento dos volumes de chuva nas regiões Norte e Nordeste e chuvas abaixo da média na Região Sul, além de uma ligeira diminuição nos valores de temperatura no Sudeste e Sul, “o que pudemos observar nos últimos meses”.

“A tendência para este verão é a continuidade de muita variação nas condições do tempo, com chuvas acima da média, umidade maior em algumas regiões, como na faixa leste paulista e temperaturas abaixo das médias históricas, não estando descartadas sequências de alguns dias de calor mais intenso”, analise Vernizzi.

 “As chuvas em algumas ocasiões terão acumulados significativos, representando alerta e risco para alagamentos e deslizamentos. Tempestades com muitos raios e rajadas de ventos fortes ocorrerão durante a estação do verão, não se descartando a queda de granizo nos temporais”, finaliza o profissional.

Ações

Com a chegada do verão, tem início também a preocupação em relação à dengue. Questionada a respeito dos casos da doença no município, a Prefeitura informa por meio do serviço de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde, que, “de agosto até a presente data [20 de dezembro], foram registrados 7 casos de dengue na cidade de Itu”.

A Prefeitura por meio de nota destaca que suas ações no combate a dengue são constantes e estão baseadas nos planos nacional e municipal de controle do vetor. “Estas ações são desenvolvidas durante todo o ano e tem por objetivo o controle em mais de 50 mil imóveis do município nas operações casa a casa, pontos estratégicos e imóveis especiais.”

 “O município também realiza trimestralmente avaliação de densidade larvária para medir o grau de infestação do mosquito Aedes aegypti, bem como os recipientes por ele preferidos”, prossegue o Executivo.

A administração municipal finaliza em nota reforçando que as “equipes desenvolvem as ações de bloqueio e controle de criadouros em locais de casos confirmados e ou suspeitos da doença e também o controle químico com uso de inseticida, se necessário. Paralelo a isso tudo são identificados munícipes que tenham criadouros com larvas de Aedes aegypti que são orientados no sentido de ter mais atenção. Notificações e multas também são emitidas”.