Museu Republicano comemora centenário de portas fechadas

Segundo a supervisora do Museu Republicano, o local está fechado para adequação às normas de segurança contra incêndio (Foto: André Roedel)

O Museu Republicano “Convenção de Itu”, extensão do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP), comemora seu primeiro centenário, em 2023, fechado para visitações e sem previsão de reabertura. O museu permanece fechado desde março de 2020, quando se instaurou a pandemia de Covid-19.

Inaugurado em 1923 pelo então presidente do Estado de São Paulo, Washington Luís Pereira de Sousa, o Museu é uma instituição científica, cultural e educacional que abriga materiais e estudos, principalmente do período entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, tendo como base o regime republicano no Brasil. Além disso, tem uma grande importância turística para a cidade de Itu, onde está localizado, afinal ele funciona no casarão que sediou a Convenção Republicana em 1873.

Por se tratar de uma extensão do Museu Paulista da USP, o Museu Republicano exerce atividades de pesquisa, ensino e extensão, e, apesar de fechado para o público, contará com uma vasta programação de atividades comemorativas ao centenário que serão sediadas no Centro de Estudo do Museu, localizado em outro prédio, mas na mesma rua do Museu.

Segundo a supervisora do Museu Republicano, professora Maria Aparecida de Menezes Borrego, o local está fechado para adequação às normas de segurança contra incêndio, exigidas pelo Corpo de Bombeiros, e aguarda a liberação de verbas para uma reforma mais ampla. “As reformas visam pontos relacionados à acessibilidade, como a construção de uma rampa de acesso à porta principal do Museu, como também um anexo na parte de trás para a instalação de um elevador para uso de pessoas com mobilidade reduzida”, explicou.

A professora pontuou que todo o investimento que tem sido feito para adequação do projeto, e para a posterior reforma do museu, vem da USP. “A USP é quem está arcando com os custos da reforma tanto para acessibilidade como também para melhorias no sistema elétrico”.

Por fim, a supervisora declarou que ainda não há um prazo para a reabertura do museu ao público e nem para a reforma mais ampla. “Ainda não há um prazo definido, mas a ideia é abri-lo temporariamente, antes do início das reformas, mas isso dependerá, além do atendimento às exigências do Corpo de Bombeiros, dos trâmites legais para aprovação dessa abertura”.

A supervisora concluiu dizendo que as obras de reforma devem durar de oito a dez meses, mas o prazo para abertura dependerá do Corpo de Bombeiros.

Por Letícia Petrelli, Lorena Falcão, Júlia Calaça e Heloísa Ribeiro